BRASIL: SENADO APROVA PROJETO QUE TRANSFORMA CORRUPÇÃO EM CRIME HEDIONDO
O plenário do Senado aprovou
nessa quarta-feira, 27, projeto de lei que inclui as práticas de
corrupção ativa e passiva, concussão, peculato e excesso de exação na
lista dos crimes hediondos. Com isso, as penas mínimas desses crimes
ficam maiores e eles passam a ser inafiançáveis. Os condenados também
deixam de ter direito a anistia, graça ou indulto e fica mais difícil o
acesso a benefícios como livramento condicional e progressão do regime
de pena. O projeto agora segue para a Câmara. O autor do projeto,
senador Pedro Taques (PDT-MT), justifica que esses crimes são delitos
graves praticados contra a administração pública que “violam direitos
difusos e coletivos e atingem grandes extratos da população”. “É sabido
que, com o desvio de dinheiro
público, com a corrupção e suas formas afins de delitos, faltam verbas
para a saúde, para a educação, para os presídios, para a sinalização e
construção de estradas, para equipar e preparar a polícia, além de
outras políticas públicas”, diz o autor do projeto. O
texto original de Taques, contudo, previa a qualificação como hediondo
apenas para os crimes de corrupção ativa e passiva e de concussão (obter
vantagem indevida em razão da função exercida). O relator do projeto,
senador Álvaro Dias (PSDB-PR), incluiu em seu parecer também os crimes
de peculato (funcionário público que se apropria de dinheiro ou bens
públicos ou particulares em razão do cargo) e excesso de exação
(funcionário público que cobra indevidamente impostos ou serviços
oferecidos gratuitamente pelo Estado). O relator também acatou emenda do
senador José Sarney (PMDB-AP) para incluir homicídio simples cometido
de maneira qualificada na categoria de crimes hediondos. Sarney alegou
que um crime praticado contra a vida está entre os mais graves e não
poderia ficar fora da lista. Foi aprovada ainda emenda do senador
Wellington Dias (PT-PI) que aumenta a pena do crime de peculato em até
um terço quando ele for considerado qualificado, ou seja, cometido por
autoridades e agentes políticos. Agência Brasil.
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