PASSAGEIRA RELATA TERROR VIVIDO EM ASSALTO A ÔNIBUS QUE IA DE ARACAJU PARA MACEIÓ

`Não sei como vou viajar agora para ver minha família´, diz vítima; crime ocorreu no domingo na BR-101, em Campo Alegre

                    

O assalto ao ônibus interestadual ocorrido na madrugada do último domingo (13) na BR-101, em Alagoas, ainda deixa marcas nos 36 passageiros que vinham de Aracaju para a capital alagoana. O TNH1 conversou com uma das ocupantes do coletivo, que pediu para não ser identificada mas relatou os momentos de pânico vividos na viagem de volta para casa.

Depois de interceptar o veículo, três assaltantes obrigaram o motorista a entrar em um canavial, agrediram os ocupantes e roubaram a maioria dos objetos de valor.

“Quando o motorista reduziu a velocidade para passar pela cratera, os três já se aproximaram atirando. Foi horrível", relata a passageira, ainda traumatizada. "Todos os finais de semana eu vou e volto de Aracaju no mesmo horário. Eu já conhecia o motorista e tudo. É uma pessoa super tranquila. Não sei como vou fazer agora pra ir pra casa, ver minha família”.

De acordo com a vítima, os assaltantes aparentavam ser jovens, entre 18 e 20 anos, e só um deles estava com o rosto coberto. Os outros dois usavam apenas um casaco com capuz. “Eles foram muito agressivos, agiram com brutalidade, dando coronhada nos homens, batendo e fazendo até tirar a roupa”, conta a passageira.

Além das agressões, os assaltantes debochavam dos pertences que eram roubados. “Eles abriram sacola por sacola, mochila por mochila, e olhavam tudo que estava dentro. Encontraram um perfume, tiraram da mochila e disseram ‘esse é cheiroso, olha, eu vou querer’. Só consegui esconder meu celular, mas levaram duas bolsas minhas, com notebook, carregadores e documentos”, disse a testemunha, que trabalha na área de tecnologia.

O assalto aconteceu em um trecho da BR-101 no povoado de Luziápolis, município de Campo Alegre, e as vítimas fizeram boletins de ocorrência na Delegacia Regional de São Miguel dos Campos. Lá, foram orientadas a procurar o Procon/AL para registrar queixa e pedir à Real Alagoas o ressarcimento dos danos. Até agora, nenhum suspeito do crime foi preso.

Fonte: TNH1